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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Wegovy, remédio injetável para obesidade, chega às farmácias brasileiras no segundo semestre de 2024


Em comunicado, farmacêutica Novo Nordisk anunciou chegada do medicamento ao mercado brasileiro; droga tem mesmo princípio ativo do Ozempic: a semaglutida


Por Fabiana Cambricoli

O medicamento Wegovy, que tem como princípio ativo a semaglutida e é indicado para tratar a obesidade e o sobrepeso, começará a ser vendido nas farmácias brasileiras no segundo semestre deste ano, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira, 25, pela farmacêutica Novo Nordisk, fabricante do produto.

O Wegovy tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, aprovado para o tratamento do diabetes mas que, por seu efeito emagrecedor, vem sendo prescrito por médicos também para obesidade de forma off label (quando é indicado para uma indicação diferente daquela para a qual o remédio foi aprovado).

O Wegovy foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2023, passou pelo processo de precificação na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) no meio do ano passado e era aguardado para chegar ao mercado ainda em 2023. Em julho, porém, a farmacêutica afirmou que o remédio estaria disponível somente neste ano, sem detalhar em qual mês.

A Novo Nordisk não explicou o porquê da demora na disponibilização da droga, mas, em 2023, um representante da empresa afirmou que o produto seria lançado somente quando a farmacêutica pudesse garantir que os pacientes teriam acesso ao tratamento sem interrupções. Nos Estados Unidos, onde o Wegovy já é vendido, há desabastecimento do produto.

Wegovy tem mesmo princípio ativo do Ozempic, a semaglutida Foto: Victoria Klesty/Reuters

A farmacêutica não divulgou o preço que o Wegovy deverá chegar às farmácias, mas a CMED já definiu o seu preço máximo: nas doses mais altas, poderá chegar a R$ 2.484, a depender do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada Estado. Em São Paulo, por exemplo, essa versão pode custar até R$ 2.383,43.

Mas os pacientes poderão encontrar preços menores nos pontos de vendas, além de contar com eventuais descontos oferecidos por programas de suporte ao paciente. Vale lembrar que o preço também varia de acordo com a apresentação do remédio, que será vendido em versões de 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 1,7 mg e 2,4 mg. O medicamento, administrado por meio de aplicação injetável subcutânea, é geralmente prescrito para ser usado uma vez por semana.


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O remédio é indicado a pacientes com índice de massa corporal (IMC) inicial maior ou igual a 30 kg/m2 (obesidade) ou maior ou igual a 27 kg/m2 (sobrepeso) quando acompanhado de ao menos uma comorbidade relacionada ao peso, como diabetes ou hipertensão.

A semaglutida age como se fosse o GLP-1, um hormônio que sinaliza ao cérebro a sensação de saciedade. Ela também reduz a velocidade do esvaziamento gástrico. Em estudos clínicos, a dosagem semanal de 2,4 mg de semaglutida levou a uma perda média de peso de 15,2%, ante 2,6% no grupo de pacientes que não tomaram a medicação./COLABOROU GIOVANNA CASTRO

Plano Safra: CNA defende a suplementação de R$ 2,1 bilhões ao Seguro Rural em 2024





Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, entregou, na quarta (24), ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o documento com as propostas da entidade para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2024/2025. Foto: CNA/Divulgação

O plano também inclui a regulamentação do Fundo de Catástrofe e o estímulo ao mercado de capitais e títulos privados

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) considera como fundamental garantir a suplementação de R$ 2,1 bilhões ao Seguro Rural em 2024 (totalizando R$ 3 bilhões) e R$ 4 bilhões para 2025. A proposta compõe a lista de outras novas que a entidade considera como prioritárias para o Plano Safra 2024/2025.

O plano foca em aumentar os recursos disponíveis para financiamento — especialmente para o seguro rural — e dá prioridade às linhas de investimento. Além disso, inclui a regulamentação da lei que instituiu o Fundo de Catástrofe e o incentivo ao desenvolvimento do mercado de capitais e títulos privados, entre outras medidas.

João Crisóstomo, consultor de agronegócios da BMJ Consultores Associados, destaca que hoje o agro é um dos setores mais importantes para a economia brasileira. Ele aponta que nos últimos dois anos, principalmente, o setor tem contribuído significativamente para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

“Ano passado, tivemos uma grata surpresa no crescimento, muito devido à produção tivemos de 2022 para 2023, o aumento da produção. Tivemos, inclusive, um aumento recorde de 15,1% no PIB da agropecuária, quando a gente compara 2023 em relação a 2022”, informa.

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Investimentos

Crisóstomo ressalta que, atualmente, o agronegócio brasileiro é um dos mais avançados tecnologicamente — não só na agricultura de precisão, mas também no que diz respeito à biotecnologia e engenharia genética.

“Nós temos uma fronteira enorme com bioinsumos que já são bastante utilizados no país, mas ainda tem uma fronteira a ser desbravada pelo país, e o investimento no agronegócio é relevante não só pela produção em si, mas também pela sua capacidade de transbordar a outros setores”, explica.

Ele também afirma que o investimento no agronegócio é um dos que mais proporciona a interiorização dos recursos. Segundo ele, os polos agrícolas do país não estão nos grandes centros mas sim no interior do país. Assim, isso permite que regiões mais remotas tenham um acesso à renda com mais facilidade e intensidade.

Para o coordenador de pecuária da consultoria Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o investimento para o agronegócio é o fio condutor das inovações tecnológicas, da melhoria da infraestrutura e do aumento de produtividade.

“Para que tudo isso aconteça, você precisa de recursos. Precisa colocar dinheiro dentro da atividade, para tornar isso em aumento da produtividade média, redução dos gargalos que estão presentes em diversos setores da economia. O investimento é basicamente um contexto essencial para que haja desenvolvimento de uma determinada atividade”, destaca.
Impactos negativos

No início do documento do Plano Safra 2024/2025, a CNA observa que — nos últimos meses — o setor agropecuário tem enfrentado um cenário marcado por incertezas devido às adversidades climáticas associadas ao El Niño.

Segundo a CNA, embora o fenômeno esteja perdendo intensidade, os efeitos adversos sobre a produtividade e a produção já são perceptíveis em várias cadeias produtivas, especialmente na soja e no milho —, que são os principais produtos agrícolas.

Nesse contexto, a CNA enfatiza a necessidade de reavaliar os instrumentos políticos agrícolas disponíveis, como o crédito rural, o seguro rural e a política de garantia de preços mínimos, para estruturar ações estratégicas capazes de mitigar os impactos negativos do clima e das condições de mercado sobre o setor agropecuário.
Confira a lista das 10 propostas destacadas pela CNA:

1. Garantir suplementação de R$ 2,1 bilhões ao Seguro Rural em 2024 (totalizando R$ 3 bilhões) e R$ 4 bilhões para 2025.

2. Disponibilizar R$ 570 bilhões em recursos financiáveis do PAP 2024/2025, sendo R$ 359 bilhões para custeio e comercialização; R$ 111 bilhões para investimentos e R$ 100 bilhões para agricultura familiar. Garantindo que os recursos anunciados estejam disponíveis ao longo de toda a safra.

3. Priorizar recursos para as finalidades de investimento, principalmente aos pequenos e médios produtores (Pronaf e Pronamp) e aos programas pra construção de armazéns (PCA), irrigação (Proirriga), inovações tecnológicas (Inovagro) e para Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (Renovagro).

4. Reforçar o orçamento das Operações Oficiais de Crédito (OOC), sobretudo das subvenções de sustentação de preços e comercialização e custeio.

5. Promover medidas regulatórias para ampliar as fontes de recursos do crédito rural, através de medidas que flexibilizem a aplicação das exigibilidades de crédito rural.

6. Regulamentar a Lei Complementar nº 137/2020, que criou o Fundo de Catástrofe.

7. Possibilitar o rebate de taxas ou aumento do limite financiável para produtores que promoverem práticas socioambientais.

8. Promover adequações para evitar excessos e distorções na interpretação de resoluções, como a Resolução CMN nº 5.081/2023 e Resolução BCB nº 140/2021, que tratam de temas socioambientais, sem prejuízo do cumprimento da preservação ambiental.

9. Fomentar o avanço do mercado de capitais e títulos privados do agronegócio, possibilitando aumentar o funding do setor.

10. Coibir as práticas de venda casada e possibilitar a redução dos custos acessórios do crédito rural, sobretudo através de regulamentação e modernização do mercado registrador.
#Agronegócio#Agronegócios#Economia

Dengue: Ministério da Saúde vai distribuir vacinas para mais 625 municípios





Ministério da Saúde amplia o número de cidades que vão receber a vacina Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Anúncio foi feito em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (25). Cenário epidemiológico teve ligeira melhora na última semana, de acordo com a pasta

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (25), que mais 625 municípios vão receber doses da vacina contra a dengue. A expectativa da pasta é que a distribuição dos imunizantes para essas cidades comece na sexta-feira (26).

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, destacou o esforço da pasta para ampliar o acesso dos municípios às vacinas contra a doença.

"A boa notícia é que a gente amplia para mais seis estados. Agora, temos 25 estados da federação contemplados com a vacina. Vamos atingir mais 625 municípios. Esses 625 vão somar com os 705 já contemplados, o que vai dar 1.330 municípios em todo o Brasil", detalhou em entrevista coletiva.

O Ministério da Saúde já recebeu as remessas da fabricante da vacina e agora vai iniciar distribuí-las aos municípios. Até o momento, a pasta enviou 1.682.139 doses aos estados e Distrito Federal.
Tendência de queda em 11 estados

Em todo o país foram 3.852.901 casos da doença em 2024, dos quais 1.792 moreram.. Há ainda 2 mil mortes sob investigação pelas secretarias de saúde estaduais e municipais. A letalidade subiu de 0,04% para 0,05%.

Na 16ª Semana Epidemiológica — entre 13 e 20 de abril — mais um estado passou a integrar a lista dos entes que têm tendência de queda para a dengue. São 11 os estados com situação melhor, na comparação com a semana anterior: Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

A lista de estados em que há tendência de alta nos contágios subiu de cinco para seis. Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Sergipe e Tocantins compõem o grupo. Já aquela que reúne os estados que apresentam estabilidade no cenário epidemiológico caiu de 12 para 10. Alagoas, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Ethel Maciel diz que, embora o cenário geral seja ligeiramente melhor do que na última semana, não há motivos para as autoridades de saúde e a população baixarem a guarda.

"Apesar de estarmos numa tendência de queda e estabilização dessa epidemia, nós precisamos saber que muitas pessoas ainda ficarão doentes, muitas pessoas poderão ficar graves, mas nós podemos evitar muitos óbitos. Então, é importante que as famílias, a própria pessoa, nós mesmos e os profissionais de saúde estejam muito atentos tanto para os sinais e sintomas, para um diagnóstico correto, quanto para os sinais de alerta", destacou.

Dengue: tendência é de redução de casos no país, apontam dados do Ministério da Saúde
Nova fábrica para o Método Wolbachia

A secretária do Ministério da Saúde também anunciou que a Fiocruz vai inaugurar na segunda-feira (29) a segunda fábrica para a produção de mosquitos Aedes aegypti por meio do Método Wolbachia.

De acordo com a Fiocruz, a Wolbachia é uma bactéria que impede que os vírus da dengue se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para a redução da doença. O novo projeto será desenvolvido em uma unidade situada em Minas Gerais.

#Dengue#Ministério da Saúde#Saúde#Brasil Gestor

Após duas quedas consecutivas, FPM volta a crescer; prefeituras partilham R$ 4,8 bilhões na terça-feira(30)





Imagem: Brasil 61

Montante é 7,4% superior em relação ao apurado no mesmo período do ano passado

Após duas quedas consecutivas, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) volta a crescer. Na próxima terça-feira (30), as prefeituras partilham cerca de R$ 4,88 bilhões, valor referente à terceira parcela de abril. O montante representa um aumento real — acima da inflação — de 7,4%, em relação à terceira parcela de abril de 2023.

Nos dois repasses deste mês, o valor recebido pelos municípios foi inferior ao apurado nas mesmas transferências do ano passado. No primeiro decênio, o FPM registrou queda de 0,5%, enquanto, no segundo, o tombo chegou a quase 6%.

Cesar Lima, especialista em orçamento público, comenta o resultado. "É uma boa notícia a quebra dessa tendência de queda. Isso é muito bom para os municípios — um aumento real significativo de mais de 7%. Nós vamos ter que observar um pouco mais adiante, para ver se [as quedas] realmente foram uma coisa de momento", projeta.
Justiça fiscal

Para Roberto Justus, prefeito de Guaratuba — cidade que fica no litoral paranaense —, o FPM é fundamental não só para o equilíbrio das contas das prefeituras, em especial as de pequeno porte, como para trazer justiça fiscal entre os entes da federação.

"Acho que ele tinha que ser muito maior, porque a União e os estados têm, nos últimos anos, terceirizado aqueles serviços públicos que são de competência deles na mão dos municípios. Isso é muito injusto, porque a gente fica com a bronca, tem que resolver. E o repasse não acompanha, especialmente quando a gente fala em saúde e educação", critica.

Na terça-feira, o município de cerca de 42 mil habitantes recebe cerca de R$ 1,3 milhão do FPM. Justus diz que os repasses do fundo representam a principal fonte de receita de Guaratuba. Ele destaca a importância disso para os cofres dos municípios paranaenses.

"A importância é grande e eu posso dizer que, conhecendo a realidade dos demais municípios do Paraná, para eles também. A imensa maioria dos municípios do Paraná depende do repasse para pagar as suas folhas, por exemplo. E não estou dizendo em investimento, porque a minha capacidade de investimento é muito pequena. Se eu quiser gastar R$ 10 milhões, vou precisar fazer um financiamento. Para a manutenção dos serviços públicos, para que as prefeituras continuem de pé, de portas abertas, é fundamental que esse repasse se mantenha", afirma.

FPM tem leve recuo após três altas consecutivas, mas saldo de 2024 ainda é positivo

Com segunda queda consecutiva, FPM repassa cerca de R$ 1,36 bilhão aos municípios nesta sexta-feira (19)
Fundeb

O FPM repassa 20% dos recursos para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o que nesta sexta-feira corresponde a pouco mais de R$ 1,2 milhão.
Prefeituras bloqueadas

De acordo com o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), até a última quarta-feira (24) 13 municípios estavam impedidos de receber o FPM.
Verifique se a sua cidade está na lista. Brejões (BA)
Laje (BA)
Mansidão (BA)
Jordânia (MG)
Antônio João (MS)
Miranda (MS)
Barra do Bugres (MT)
Campos de Júlio (MT)
Dom Aquino (MT)
Rio Branco (MT)
Rondonópolis (MT)
São José do Povo (MT)
Braganey (PR)

Entre os principais motivos que impedem um município de receber o FPM estão a ausência de pagamento da contribuição ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep); dívidas com o INSS; débitos com inscrição ativa pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN); e falta de prestação de contas no Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (Siops).

Para desbloquear o repasse, o gestor público deve identificar o órgão que determinou o congelamento. Em seguida, deve conhecer o motivo e regularizar a situação. Vale lembrar que a prefeitura não perde os recursos bloqueados de forma definitiva. Eles ficam apenas bloqueados enquanto as pendências não são regularizadas.
#Economia#FPM#Municípios#Prefeituras

Desenrola para empresas e novo programa de crédito: ministro Márcio França fala ao g1



Em entrevista exclusiva ao podcast Educação Financeira, ministro das Micro e Pequenas Empresas explica como funcionará o programa de renegociação de dívidas para CNPJs e os planos para destravar empréstimos para o setor.


Por Bruna Miato, Raphael Martins, g1

Ministro Márcio França, fala ao g1 sobre o programa Acredita



Anunciado na segunda-feira (22), o Desenrola Pequenos Negócios tem chance de estar operando já na semana que vem. É o que revela Márcio França, ministro do Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas, em entrevista ao g1 e ao podcast Educação Financeira.


A nova versão do programa de renegociação de dívidas do governo federal foca agora em MEIs, micro e pequenas empresas, com faturamento anual bruto de até R$ 4,8 milhões. O ministro diz que a meta do governo é oferecer suporte para que os empreendedores possam se livrar de entraves financeiros para investir no crescimento do negócio.



"Quem tiver com qualquer problema financeiro e tiver com vontade de continuar (a empreender), vai encontrar um bom incentivo. Porque se seguir o parâmetro do que aconteceu na faixa 2 do Desenrola da pessoa física, nós vamos ter descontos de 40 a 90% (do valor total da dívida)", disse o ministro.





A expectativa é que o Ministério da Fazenda publique ainda nesta sexta-feira (26) uma portaria com orientações para que bancos e instituições financeiras se habilitem para negociar as dívidas de empreendedores no novo Desenrola.


Por enquanto, o que se sabe sobre o programa é que os empreendedores poderão renegociar dívidas bancárias feitas em seu CNPJ ou dívidas com o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Será possível quitar à vista ou optar pelo parcelado.


Márcio França, ministro das Micro e Pequenas Empresas, fala ao g1 sobre o programa Acredita — Foto: Fábio Tito/g1


O Desenrola Pequenos Negócios faz parte do Programa Acredita do governo federal, que pretende ampliar o acesso ao crédito no Brasil.



Além da medida para renegociação de dívidas, o programa também prevê uma linha de crédito específica para as microempresas: o ProCred 360, uma versão atualizada do Pronampe.


A regra para acessar crédito por meio desta linha é que a empresa tenha um faturamento anual bruto de, no máximo, R$ 360 mil. Para o programa, o governo vai disponibilizar uma fatia de R$ 4 bilhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO), que servirá como garantia para que os bancos emprestem dinheiro para os empreendedores.


Os juros serão fixadas em Selic (taxa básica da economia brasileira, hoje em 10,75% ao ano), mais uma taxa de 5% ao ano. A empresa poderá pegar um empréstimo equivalente a até 30% do seu faturamento bruto anual. Para negócios liderados por mulheres, o limite sobe para 50% do faturamento.


A expectativa é que o ProCred 360 comece em até dois meses e que os empreendedores tenham um período de carência de seis meses para começar a pagar.


O ministro foi recebido no estúdio do g1 para esclarecer detalhes sobre o programa e também sobre os demais pilares do Acredita.


Abaixo, os cortes de cinco destaques da entrevista:


Empreendedor precisa de ajuda, 'especialmente para crescer', diz França
A 'grande conquista' seria fazer o informal virar formal
'Não posso obrigar o banco a emprestar se o CNPJ estiver todo complicado'
'Se tem uma porta de saída para o Bolsa Família, é empreender'
'O crédito nas periferias é um crédito extremamente ingrato'





Márcio França, ministro das Micro e Pequenas Empresas, fala ao g1 sobre o programa Acredita — Foto: Fábio Tito/g1


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Empreendedor precisa de ajuda, 'especialmente para crescer', diz França



Márcio França, ao g1: 'Quem fatura R$ 40 mil, vai ficar com uma faixa de R$ 3 mil por mês'



Na apresentação do programa Acredita, o governo federal citou dado da Serasa que mostra que mais de 6 milhões de micro e pequenas empresas estão inadimplentes no país. Perguntado pelo g1 se a meta do Desenrola Pequenos Negócios era atingir a todos eles, França afirmou que é isso que gostaria.


"Seria ideal. Claro, a gente imagina que muitas dessas pessoas podem ter também encerrado seus negócios. Às vezes a pessoa montou, desiludiu ou então arrumou um emprego no meio do caminho. E você sabe que muita gente vai empreender às vezes não é um empreendedor por vocação, ele foi por necessidade das circunstâncias, como aconteceu muito, né? (...) Mas, depois, se a pessoa também pega jeito e aquilo começa a dar lucro, ela gosta da história."


"Só que muita gente sempre vê a empresa pelo faturamento, né? A gente mesmo usa essa expressão: faturou quanto? (...) Dá a impressão que ficou tudo no bolso da pessoa. A rigor, uma empresa bem administrada, se estiver bem enxuta — por exemplo, um restaurante, um bar, uma lanchonete — se ela deixar 8%, 7% é um bom retorno."



"Então, eu falei isso para o presidente Lula: 'Presidente, quem fatura R$ 500 mil por ano, por exemplo, — que vai dar R$ 40 mil por mês, por exemplo — ele vai ficar com uma faixa de R$ 3 mil líquido por mês, ele não faz muita coisa com esse negócio'. Ele sobrevive, né?"





"Então, ele é uma pessoa que precisa realmente de uma ajuda. E especialmente para ele crescer. Com esses cortes lineares, de MEI e de Simples, é uma barreira mesmo, né? Então, a pessoa fica sendo empurrada a uma síndrome de Peter Pan de ficar sempre pequeno. Quando, na verdade, nosso objetivo é que a empresa cresça. Ninguém quer ser 'micro' nada, né?"




A 'grande conquista' seria fazer o informal virar formal

Márcio França, ao g1: A 'grande conquista' será fazer com que informais se formalizem


O ministro Márcio França foi perguntado sobre o novo programa ProCred, de crédito a micro e pequenos empreendedores. As bases são parecidas com as do Pronampe, mas o ministro explica que a principal diferença entre eles é um corte no teto do faturamento anual: os empréstimos estarão disponíveis para empresas que faturem até R$ 360 mil.



O governo espera que, com esse corte no teto do faturamento, as empresas de menor porte consigam um acesso mais fácil às linhas de crédito do que foi com o antigo programa. Os juros mais baixos, de Selic + 5%, seriam um incentivo para que micro e pequenos empresários se formalizem para que façam investimentos produtivos.



"E isso também vem numa mesma toada, de a gente tentar fazer com que as pessoas que são informais se formalizem. Porque a nossa grande conquista vai ser pegar os 20 milhões de pessoas informais, (...) e fazer esse informal virar formal."




"Como é que ele vai virar formal? Ele tem que ser incentivado, senão ele fala: 'Ah, eu vou virar formal para quê, né?' Então, agora tem aí uma coisa. Olha, se você quiser virar formal, se você quiser virar MEI, por exemplo, você tem a chance de trocar a sua moto numa prestação que vai ficar com R$ 100 de prestação agora. Se você não quiser, você vai pegar no banco, vai pagar R$ 400. Então, esse é o incentivo da pessoa, né?"




'Não posso obrigar o banco a emprestar se o CNPJ estiver todo complicado'

Márcio França ao g1: 'Não posso obrigar banco a emprestar se CNPJ estiver todo complicado'



O ministro Márcio França explica que o Desenrola Pequenos Negócios será lançado na frente dos demais pilares do programa Acredita para limpar caminho para a tomada de crédito pelo ProCred 360.


A expectativa é que a renegociação de dívidas esteja disponível para as empresas já nas próximas semanas, enquanto o início dos empréstimos pela nova linha de crédito deve ser em dois meses.


França destaca que a resolução dos problemas financeiros é uma etapa importante para que os próprios bancos estejam mais abertos a negociar empréstimos para o empreendedor.


O ministro pontua que não é uma regra que o pequeno empresário passe primeiro pelo Desenrola para, então, tentar crédito pelo ProCred 360, mas garante que as instituições financeiras devem priorizar as empresas que estão com as dívidas, pelo menos, renegociadas para liberar qualquer valor de empréstimo.



"Não dá para a gente fazer o empréstimo, porque o banco segue um critério. A gente vai garantir, com o FGO, a inadimplência de uma parte dessas pessoas. É por isso que o juro cai, mas eu não posso obrigar o banco a emprestar se a pessoa tiver toda complicada na vida dela, se o CNPJ dela é todo complicado. Então, por isso a pessoa desenrolando o CNPJ, evidentemente que vai abrir a chance de ela poder pegar o valor emprestado."





"Não há uma regra que obrigue [a passar primeiro pelo Desenrola]. Porque se o banco quiser, ele pode fazer um empréstimo. Às vezes a dívida da pessoa é uma dívida prescrita, ou é uma coisa que está em discussão judicial, mas é evidente que os bancos têm preferência e fazem primeiro para quem tem o nome desenrolado, né? Então, por isso, Desenrola sai na frente."




'Se tem uma porta de saída para o Bolsa Família, é empreender'

Márcio França, ao g1: 'Se tem uma porta de saída para o Bolsa Família, é empreender'


Uma das críticas de especialistas aos programas de crédito para micro e pequenas empresas, inclusive ao novo ProCred, é o fato de que os bancos veem a pequena empresa como um dos maiores riscos de crédito, o que retrai o fornecimento de empréstimos.



França diz que faz parte do desafio convencer as instituições financeiras a confiar nos empreendedores e cabe ao governo dar as melhores condições de garantia. Diz ainda que não se deve deixar de lado a pequena empresa, que é o principal motor de empregos do país.


O ministro segue dizendo que o empreendedorismo — queira ou não — ganhou protagonismo no formato de trabalho do brasileiro.



"O brasileiro, de maneira geral, 60% gostaria... Acho que o sonho do brasileiro, tirando ter a casa própria, uma família, se ele pudesse, era ter uma empresa e poder não ficar dependente de um emprego mais formal."




"Então, de alguma forma, eu penso que em determinados lugares do Brasil, em especial lugares mais longe, remotos, com tanta área que nós temos de preservação no Brasil, você não pode esperar que vai surgir uma indústria lá, surgir um emprego formal. Se tem alguma chance de a pessoa sobreviver, é empreendendo, né?"


"A gente fez uma pesquisa (...). De quem hoje está no topo do Bolsa Família, que recebe acima de R$ 800, (...) 44% empreendem. Você pode olhar dos dois jeitos. Pode falar: 'Poxa, mas então ele não devia estar na Bolsa Família'. Eu acho que essa pessoa também tem que ser ajudada."




"Porque a gente quer que essas pessoas, cada vez mais, se organizem. Porque, se tem uma porta de saída para o Bolsa Família, é a pessoa poder empreender. Quem sabe ela consegue se deslanchar, né? É que, nesse caso, o crédito fica mais difícil ainda."






'O crédito nas periferias é um crédito extremamente ingrato'

Márcio França, ao g1: 'O crédito nas periferias é um crédito extremamente ingrato'


Ainda falando sobre o acesso ao crédito para os empreendedores de baixa renda, Márcio França destaca que, nas periferias, as condições para conseguir um empréstimo são ainda piores, com altas taxas de juros — justamente pelo pouco alcance que essas pessoas têm do crédito de bancos.



Nesse sentido, o ministro reforça que o papel do governo, é servir como um estimulador, fazendo com que as instituições financeiras se aproximem desse público. Por isso, uma das vertentes do programa Acredita é liberar os R$ 4 bilhões do FGO como garantia para que os bancos emprestem dinheiro.


"A realidade brasileira é feita de muita gente com valentia. Mas, sem o crédito, a verdade é que sem o crédito, a pessoa fica acuada, né?"



"O crédito nas periferias, nas comunidades, ele é um crédito extremamente ingrato. A pessoa trabalha com cartão de crédito. Se você for numa comunidade, você vai ver que tem lá uma pessoa que, se você quer R$ 300, a pessoa te dá os R$ 300 pelo PIX e põe esse valor no cartão de crédito dela e vai te cobrar, evidentemente, o preço (dos juros) do valor do cartão de crédito. Aí, você vai pagar 10% ao mês."




"Então é isso que inibe muito essa vontade das pessoas. As pessoas se perdem muito facilmente com juros, né? Então, o grande desafio é fazer o juro cair. Mas, e para convencer o banco, né? Porque a gente tem essa questão de risco. O empreendedor ele, ele vai querer, mas a gente tem que convencer o banco de que é verdade. Esse também é nosso eterno desafio".



"Se nós entendemos que o Banco Central tem que derrubar as taxas cada vez mais, nós temos que confiar nas pessoas também para que a gente derrube as taxas para elas também. (...) Se eu posso colocar um benefício fiscal para, por exemplo, grandes produtores de evento que, com R$ 4 bilhões no Perse, por que eu não posso fazer isso pra uma pessoa que produz bolo na na comunidade, para comprar uma batedeira e produzir mais bolo?"

Governo derruba no STF desoneração da folha salarial para municípios e empresas de 17 setores da economia






O Governo do presidente Lula conseguiu, nesta quinta-feira (25), suspender no Supremo Tribunal Federal (STF) a desoneração da folha salarial para os municípios com até 156 mil habitantes e para as empresas de 17 setores da economia que geram 9 milhões de empregos.


A decisão, por meio de liminar, concedida pelo Ministro Cristiano Zanin, acaba com o benefício voltado ao estímulo para manutenção e geração de empregos na iniciativa privada. Para Zanin, o Congresso Nacional, ao aprovar a desoneração, não indicou o impacto financeiro da medida para as contas públicas.

O Pleno do STF pode manter ou suspender a liminar. O julgamento da liminar, a partir da madrugada desta sexta-feira (26), se estenderá até o dia 6 de maio. Houve reação entre lideranças empresariais e políticas que vêem a liminar como um desestímulo para a economia.


MENOS IMPOSTOS, MAIS EMPREGOS

Com a desoneração, as empresas tiveram substituída a contribuição previdenciária patronal de 20% por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. A medida diminui custos com contratações de trabalhadores para 17 setores, como têxtil, calçados, construção civil, call center, comunicação, fabricação de veículos, tecnologia e transportes.

A desoneração reduziu, no caso dos municípios com até 156 mil habitantes, a alíquota previdenciária para 8% sobre a folha salarial. O impacto é de R$ 11 bilhões nos cofres do INSS. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) considera que a desoneração garante mais equilíbrio financeiro e mais recursos para os municípios investirem em ações que beneficiam a população.


FRUSTRAÇÃO PARA EMPRESÁRIOS E PREFEITOS

A desoneração da folha salarial, que significa menos contribuição tributária, foi prorrogada, no mês de novembro de 2023, até o dezembro de 2027, como estratégia para as empresas manterem e ampliaram o quadro de trabalhadores.

O Congresso Nacional, ao aprovar o projeto de lei, considerou essencial a medida para a geração de empregos.


O presidente Lula vetou a desoneração salarial, os deputados federais e senadores foram na contramão, derrubaram o veto, mas foram surpreendidos com a decisão do Palácio do Planalto em editar uma Medida Provisória acabando com o benefício. Mais uma vez, sob pressão, o Governo recuou e manteve a medida para as empresas, mas excluiu os municípios.

O presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), criticou a decisão do ministro Cristiano Zanin e afirmou que o argumento da inconstitucionalidade não procede porque a desoneração já existia antes da Reforma da Previdência, em vigor desde 2019.

Sexo: Terapeutas dão 4 dicas sobre o que fazer quando o parceiro quer mais que você






De acordo com terapeutas sexuais, discrepâncias no desejo sexual entre casais são comuns, chegando ao ponto de serem inevitáveis em relacionamentos de longo prazo. Pesquisas também sugerem que as diferenças de excitação estão entre os principais motivos pelos quais os casais procuram terapia.


— Eu diria que isso acontece em quase todos os relacionamentos, seja ocasionalmente ou de forma mais duradoura — disse Lauren Fogel Mersy, psicóloga, terapeuta sexual e co-autora do livro “Desire: An inclusive guide to navigating libido differences in relationships” (no português, “Desejo: Um guia inclusivo para navegar nas diferenças de libido em relacionamentos”).

Frances e sua esposa estão juntas há mais de 40 anos e, no início do relacionamento, não conseguiam manter as mãos longe uma da outra. Depois vieram três filhos e uma série de problemas de saúde (juntamente com medicamentos associados) que, de forma gradativa, minaram a libido da companheira.


— A vontade dela simplesmente desapareceu — disse Frances, de 61 anos, que pediu para não ser identificada pelo sobrenome em respeito à privacidade da esposa. — O que costumava acontecer talvez uma vez por semana diminuiu para talvez uma vez por mês, depois uma vez por ano. Então, em algum ponto, simplesmente parou.

Há 10 anos, o casal enfrenta um período de seca sexual. Frances ama a esposa e diz que o casamento delas é “forte”. No entanto, também anseia pela “mutualidade” do sexo.

— Às vezes, me pego fantasiando sobre praticamente todos que conheço, e me sinto culpada por esses pensamentos — afirmou. — Sinto que estou me contorcendo.


Muitos fatores podem influenciar a libido: dinâmicas interpessoais, saúde física e mental, as mensagens sociais sobre sexualidade absorvidas pelas pessoas durante a infância e adolescência. A lista continua e raramente existem soluções fáceis. No entanto, Fogel Mersy e outros especialistas disseram que a comunicação poderia ajudar os casais a superarem as lacunas no desejo sexual.

1. Focar na melhoria da comunicação em vez de tentar igualar as libidos

Quando atende clientes com diferenças de libido, a psiquiatra e terapeuta sexual Elisabeth Gordon não se preocupa em diminuir o desejo sexual de um parceiro ou aumentar o do outro. Em vez disso, ela ajuda os parceiros a entender o que está causando essas diferenças, que podem ser desde preocupações no relacionamento até estresse no trabalho, e, crucialmente, como falar sobre essas questões.


— Repito isso diversas vezes, mas a coisa mais importante que podemos fazer é melhorar a comunicação — disse Gordon. — A comunicação é o alicerce da saúde sexual.

Casados há 12 anos, Joel, de 40 anos, e a esposa enfrentaram problemas com o sexo na maior parte do casamento. O casal vem de origens rígidas: a família dele era religiosa e a dela tendia a evitar assuntos emocionais. Ele é o parceiro com maior desejo e frequentemente não consegue encontrar palavras para expressar sua frustração.

— Não quero me sentir carente — afirmou Joel, que também pediu para não ser identificado pelo sobrenome para proteger a privacidade da família. — E, ao mesmo tempo, quero expressar o quanto isso é importante para mim.


Joel disse que pode ser “solitário” e “confuso” sentir, às vezes, que a parceira simplesmente não sente mais atração por ele. Em casos assim, Gordon lembra aos clientes sobre os princípios básicos da boa comunicação. A especialista recomenda reservar um tempo para conversar que não seja no final de um longo dia ou quando se estiver tentando fazer várias coisas ao mesmo tempo, além de considerar qual ambiente seria mais confortável para a conversa, como um jantar tranquilo ou durante uma caminhada.

Professora no Instituto de Saúde Sexual e de Gênero, da Faculdade de Medicina da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, Kristen Mark indicou o uso de declarações com o pronome “eu”, que podem parecer mais gentis e ajudar a evitar a defensividade. (Por exemplo, “Eu não tenho sentido muito desejo sexual ultimamente, porque estou cansado” ou “Eu quero me sentir mais próximo de você, quer tenhamos relações sexuais ou não”). Ou a experimentação do método “sanduíche” —compartilhando um pedido ou uma declaração mais difícil entre dois elogios.

2. Dedique um tempo para identificar a intimidade dentro e fora do quarto


Terapeutas sexuais que trabalham com casais que enfrentam discrepâncias de desejo podem encorajar seus clientes a expandir seus chamados “roteiros sexuais”. Essas são ideias as quais as pessoas às vezes se apegam sobre como a intimidade sexual “deveria” ser e como ela deveria se desenrolar.

O que importa, segundo Gordon, é reservar tempo para a intimidade, seja lá o que isso significa para o casal: a especialista já viu clientes que se aproximaram, tendo um parceiro junto ao outro enquanto se masturba.

De acordo com Mark, a maioria das pessoas nunca pensou especificamente sobre o que obtém do sexo. É tudo sobre o prazer físico? Diversão? Liberação emocional ou conexão? A especialista recomendou perguntar a si mesmo sobre maneiras, além do sexo, para que o casal possam satisfazer pelo menos algumas dessas necessidades.


O sexo aproxima Jack (que pediu para não ser identificado pelo sobrenome em respeito à privacidade do parceiro), de 23 anos, e seu namorado emocionalmente, mas eles não o praticam com tanta frequência quanto o parceiro gostaria. Jack lidou com problemas de saúde mental que afetaram seu desejo sexual. Portanto, ele e seu namorado buscaram outras maneiras de promover o tipo de intimidade que obtêm do sexo.

— Coisas tão inocentes quanto abraçar ou dar as mãos ou ficar ao lado um do outro e se apoiar enquanto cozinhamos são importantes — disse Jack, “apesar de nem sempre ser sexual”.

Apesar desses momentos de conexão, o parceiro ainda luta com sentimentos de mágoa, e Jack muitas vezes sente que algo está errado com ele. Mas encontrar maneiras de ser íntimo sem ser sexual ajudou a “combater algumas das frustrações”, segundo ele.


3. Esteja aberto aos diferentes tipos de desejo

Geralmente, pensa-se em dois tipos de desejo sexual, de acordo com Fogel Mersy: espontâneo e responsivo. O desejo espontâneo surge de repente, muito parecido com o que vemos em filmes ou na TV. O desejo responsivo acontece em reação à excitação física por meio de qualquer um dos cinco sentidos, como um toque agradável ou um sinal visual. Isso pode acontecer rapidamente ou pode levar algum tempo para se desenvolver. A terapeuta sexual afirmou que as pessoas tendem a ignorar os benefícios do desejo responsivo.

— Sem ensinar às pessoas que existem diferentes tipos de desejo sexual, muitas se sentem quebradas — disse Jennifer Vencill, psicóloga e terapeuta sexual, coautora do livro “Desejo” com a Fogel Mersy.


No livro, elas sugerem que os parceiros considerem o “modelo de disposição”, uma escala de 0 a 10, para responder à pergunta: Estou disposto a ver se meu desejo sexual surgirá ou responderá? Um 0 significa que você não está disposto a tentar criar um desejo responsivo —e está tudo bem. (O consentimento é crucial.) Mas se você estiver em um nível 5, você estaria disposto a abraçar ou ficar deitado com seu parceiro e ver se se sente aberto a mais contato físico a partir daí?

4. Busque ajuda externa

Terapeutas, especialmente sexuais, podem ser um recurso valioso e muitas vezes subutilizado para casais com libidos diferentes. Se o desequilíbrio no desejo estiver causando brigas ou distanciamento no relacionamento, você pode considerar a terapia de casais. Pergunte aos terapeutas em potencial se eles já lidaram com seu problema antes e não tenham medo de oferecer feedback após algumas sessões. Pesquisas mostram que isso pode tornar a terapia mais eficaz.


Lembre-se de que terapeutas sexuais não podem tratar condições de saúde subjacentes que possam estar afetando a libido, como dor associada ao sexo, baixo desejo devido a certos medicamentos ou disfunção erétil. Quem tiver essas preocupações deve procurar um médico.

Gordon afirmou que grande parte do trabalho dos terapeutas sexuais está focada em ajustar as expectativas de seus clientes e normalizar as experiências.

— Queremos que eles entendam que a discrepância no desejo é extremamente comum, realmente normal, e que é possível trabalhar com isso.



(*)Com informação do Jornal Extra

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